sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015


Andei pouco pelo Brasil, mas mesmo assim o pouco andado, deu para perceber que cinco séculos depois do descobrimento, ainda não existe um país de “unidade nacional”, salvo a língua dita português entendida por todos, embora com particularidades regionais germinando outra língua com raiz comum do latim. No sentido cultural e muito menos social, essa país não chegou a sua maturidade como nação. Não seja esse o motivo de pecado do seu povo que tem se esforçado para isso, mas por culpa única e exclusivamente daqueles que vem exercendo o direito de governar. E não é isso uma epidemia governamental da república. O endossamento de interesses particulares permeia o alto poder desde os tempos coloniais. Cargos públicos ainda hoje são repassados como se fosse um direito hereditário e não, o exercício da vontade do povo. No pouco que andei esse país, posso dizer que conheci muitos brasis, na sua cultura, na formação social e no apelo de continuar existindo. Tal clamor muitas vezes não é ouvido, não porque seja um grito tímido, mas, porque aqueles que deveriam escutar muitas vezes se fazem de surdo à agonia de sua gente. O pouco que andei me deu a certeza de continuar lutando como fizeram os bravos e destemidos de Guararapes na tentativa de criar uma nação.