sábado, 10 de dezembro de 2011

MATÉRIA BRUTA

A estranheza causa indagação... é daí que vem o meu poema, da matéria bruta, escura, nascido de uma linguagem comum. O resto é lapidar...

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

domingo, 9 de outubro de 2011

GERAÇÃO PERDIDA?




...e enquanto na calçada da Rua H -Fortaleza- no final dos anos 70 e começo dos anos 80 do século XX, um bando de adolescentes sem a orgia da internet buscava compeender Salvador Dali, Pink Floyd, poesia concreta, etc. sem se preocupar com malhação -que não fosse aquela para o cérebro. Tentava criar uma arte (meu Deus!), sem noção do que era arte, mas se queria fazer uma.




Hoje, 11 anos entrando no século XXI, esses adolescentes continuam seguindo, cada um agora com sua visão...




Os adolescentes (daquele tempo) eram Júlio Maciel (diretor e ator de teatro, artista plástico), William Bezerra (cantor e compositor), Marta Aurélia (cantora e atriz), e eu poeta da Rua H.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

NOTE

passar

pela mesma

paisagem

a vida toda

até que note

a

poesia

terça-feira, 13 de setembro de 2011

PAPAGAIOS

frutos verdes
revoando em algazarra

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

sexta-feira, 22 de julho de 2011

POEMA

a polpa

da pêra

nos dentes

o açúcar

com sua festa

na saliva

e a vida

tão real

de gases

e medo

segunda-feira, 4 de julho de 2011

A POESIA - 2

a poesia é só um instante


perdido
na vida


(do livro QUANDO A MÃO TOCA)

quinta-feira, 9 de junho de 2011

LER

a palavra se ler por letras

a frase se ler por palavras

o livro se ler por frases

o silêncio ler-se

por si

terça-feira, 17 de maio de 2011

O TEMPO DA COR (3)

nenhuma outra forma

tem a rosa

a não ser a do seu corpo

nenhum outro encanto

contaminando manhãs

a rosa é ela

nem nome precisaria

para transformar a paisagem

O TEMPO DA COR (3)

nenhuma outra forma

tem a rosa

a não ser a do seu corpo

nenhum outro encanto

contaminando manhãs

a rosa é ela

nem nome precisaria

para transformar a paisagem

AVENIDA

de um lado condomínio

do outro favela

de um lado alamedas

do outro vielas

de um lado lombada

do outro banguela

de um lado ninguém na tua

do outro todos na dela

quinta-feira, 12 de maio de 2011

O TEMPO DA COR (3)

nenhuma outra forma

tem a rosa

a não ser a do seu corpo

nenhum outro encanto

contaminando manhãs

a rosa é ela

nem nome precisaria

para transformar a paisagem

sábado, 30 de abril de 2011

DEFINIÇÃO (2)

A FLOR
EFÊMERA
BELEZA

quarta-feira, 13 de abril de 2011

terça-feira, 15 de março de 2011

A FLOR (3)


não há perdão
a pedir

a flor


se até dos escombros

trabalha seu perfume

feito um caule


o perdão

-por existir-

seria absurdo

como o ato

dos suicidas

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

DEFINIÇÃO (1)

O vale

de onde vaza
o silêncio

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

SOU SENDO

às vezes sim
algumas não
às vezes tão muito
noutras solidão
às vezes é
depois só ilusão

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

VIVER


sorver da vida
essa cratera inevitável
da dúvida

o resto
é viver