
segunda-feira, 18 de maio de 2009
quinta-feira, 14 de maio de 2009
terça-feira, 12 de maio de 2009
NA ÉPOCA DA EXTINÇÃO
Na época da extinção, os últimos foram caçados desesperadamente com todas as armadilhas e sem nenhuma piedade. Havia sobrado pouco deles depois do massacre. No dia geral do extermínio, eram tantos, que tiveram de usar água fervendo e jogar nos esgotos para que ali mesmo morressem. As ruas ficaram entupidas e muitos foram juntados na calçada para dar passagem às pessoas apressadas no ir e vir na tarefa do extermínio. Agora para que fossem extintos de vez da face da terra, tinham que buscas os últimos em todas as grutas. Eles haveriam de ser exterminados pela mão impiedosa dos furiosos. Restaram poucos e por isso mesmo, tinham o dever de não deixar nenhum sobre a face da terra se alimentando da esperança de continuar com a estirpe.
quinta-feira, 7 de maio de 2009
INTENÇÃO
E pode acontecer dos olhos dizerem
e a boca não
E pode da vontade querer
e o corpo permanecer são
E pode da alma entender
e culpar o coração
E pode de parecer
e só ser ilusão
E pode de tudo acontecer
sem ter razão
e a boca não
E pode da vontade querer
e o corpo permanecer são
E pode da alma entender
e culpar o coração
E pode de parecer
e só ser ilusão
E pode de tudo acontecer
sem ter razão
segunda-feira, 4 de maio de 2009
ACONTECIMENTO
A rosa medra
tão frágil
tão fúria
Com calma esfacela o asfalto
Testemunham o fato
os edifícios
o céu
o cimento podre da calçada
menos a pressa do homem
tão frágil
tão fúria
Com calma esfacela o asfalto
Testemunham o fato
os edifícios
o céu
o cimento podre da calçada
menos a pressa do homem
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